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03 junho, 2011

NOTÍCIAS DO ATO DIA 30/05 das Universidades Estaduais na Assembléia Legislativa - Fortaleza!

Manifestação cobra mais professores

Professores e estudantes de universidades públicas estaduais do Ceará reivindicam a realização de concurso público para professor e reclamam da falta de diálogo com o governador Cid Gomes

31.05.2011
01:30

Na Uece, são necessários 300 professores para atender a demanda (IGOR DE MELO)
Faixas, apitos, narizes de palhaço, cartazes e um violão. Assim, estudantes e professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) realizaram manifestação ontem em frente à Assembleia Legislativa.

A principal reivindicação é a realização de concurso para professores efetivos. Na Uece, são necessários que 300 professores sejam contratados para suprir a demanda. Segundo a pró-reitora de Graduação da Uece, Lineuda Murta, nenhum concurso concurso para professor efetivo foi feito desde 2005”.

O presidente do sindicato dos Docentes da Uece (Siduece), Epitácio Macário, afirma que entre 2007 e 2010 foram contratados apenas 54 professores efetivos, que participaram de concursos públicos realizados antes de 2007. No mesmo período, foram chamados 510 professores substitutos. “Eles querem sustentar as universidades públicas a base de professores substitutos e nós não vamos aceitar isso”, enfatiza Macário. Hoje, os substitutos representam 25%.

Além disso, são solicitadas melhorias na infraestrutura nos campus das universidade estaduais. Na UVA, a categoria pede a construção de restaurante e residência universitária, para evitar a evasão escolar. “Só o campus do Itaperi da Uece tem restaurante universitário e a obra

se arrasta há três anos. No interior, apenas Quixadá possui residência universitária e são apenas 25 vagas”, afirma o secretário de assuntos do Interior da Uece, Tiago Nascimento.

Os manifestantes ironizavam a construção do aquário do Ceará durante a manifestação. “É ou não é piada de salão? Tem dinheiro pro aquário, não tem para a educação”. Às 11h50min, os manifestantes tentaram entrar na Assembleia, mas foram impedidos pelos seguranças. Após uma hora de negociação, eles realizaram reunião com o líder do Governo, deputado Antônio Carlos (PT).

Os representantes do movimento docente afirmam que, desde janeiro, conversam com o secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, René Barreira. De lá para cá, eles aguardam para conversar com o governador Cid Gomes. Como não conseguiram realizar a audiência, decidiram apelar para a mediação do líder do Governo e do presidente da Assembleia, Roberto Cláudio (PSB). Os dois se comprometeram a agilizar a conversa com Cid.

Na manhã de hoje, será solicitada a realização de audiência pública na Assembleia, para debater as demandas de professores e estudantes.

Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior não respondeu as críticas de estudantes e professores. Segundo a assessoria, René Barreira está em viagem. O Governo do Estado não adiantou se uma audiência pública com Cid Gomes será realizada, pois ele está viajando.
 
Fonte: O POVO Online/OPOVO/Fortaleza
LINK DA MATÉRIA:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2011/05/31/noticiafortalezajornal,2250947/manifestacao-cobra-mais-professores.shtml#tarjaEntreMaterias


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Movimentos estudantil e docente das estaduais protestam na AL por audiência com governador
Em mais uma tentativa de conseguir se reunir com o governador, manisfestantes são barrados na AL

Na manhã de ontem, 30 de maio, estudantes e professores da UECE, URCA e UEVA foram à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará protestar por uma audiência direta com o governador do Estado, Cid Gomes. Os representantes das universidades estaduais reclamaram da carência por que passam essas instituições. Concurso público para professor efetivo, políticas de assistência estudantil e construção do restaurante e da residência universitária na UEVA são as principais demandas.

“Nós queremos audiência do governador com as lideranças dos movimentos e queremos uma audiência pública no plenário para discutir essas questões com os deputados”, enfatizou o presidente do Sindicato dos Docentes da UECE (Sinduece), Epitácio Macário. Durante o ato, vários manifestantes criticaram a construção do Aquário, que terá investimento de R$ 250 milhões. “O governo do Estado está endividando o Ceará com a construção desse aquário”, opinou a presidente da Seção Sindical da UEVA, Maria Antônia Veiga.
A vice-presidente da Sinduece, Erlenia Sobral, lamentou a falta de oposição na AL ao governo estadual. “Infelizmente, o governador Cid Gomes não tem oposição no Estado. Nós vamos tentar sensibilizar os deputados sobre as nossas carências e sobre a necessidade de termos uma audiência com o governador”, garantiu. Durante o protesto, o vereador João Alfredo (PSOL) manifestou apoio aos estudantes e professores. “O orçamento do Estado diz quais são as prioridades do governo; gastar com um aquário e não fazer concurso para pofessor universitário é uma decisão de prioridade política”. O deputado Heitor Férrer (PDT), voz crítica ao atual governo, foi até à entrada da casa para prestar seu apoio ao movimento e pronunciou-se sobre o assunto. “Os dados das universidades estaduais são estarrecedores”, disse o deputado, que garantiu dar entrada em requerimento hoje, 31 de maio, solicitando a realização de audiência pública para pautar o problema das estaduais.
A grande surpresa do ato foi o fato de os manifestantes terem sido proibidos de entrar na assembleia. Estudantes e professores foram barrados na porta da AL e recebidos pelo Batalhão de Choque. Somente após uma hora de negociações, os manifestantes puderam entrar. “A casa é nossa”, “Ah, eu tô em casa!”, “Governador Cidrica, pior do que tá não fica” foram alguns dos gritos de protesto. O deputado Antônio Carlos (PT), líder do governo na Assembleia, recebeu os estudantes e professores, mas disse que não tem poder de marcar uma audiência com o governador do Estado. “Eu estou disposto a construir essa agenda com o governador. Esse é o compromisso que eu posso firmar senão seria irresponsabilidade da minha parte”, disse.

Na reunião com o deputado Antônio Carlos, os representantes das unidades das três estaduais enumeraram as principais demandas das universidades. “Nós não temos condições de sobreviver dessa forma. Os estudantes estão indo para as faculdades privadas, porque não temos condições de estudar”, lamentou Messias Gomes, estudante de Pedagogia da FAEC e membro do Centro Acadêmico do curso. No momento, representantes dos movimentos estudantil e docente reclamaram da proibição de entrar na Assembleia. “Isso não é forma de receber os cidadãos desse Estado. Isso é um abuso de poder”, protestou a professora Maria Antonia Veiga, referindo-se ao Batalhão de Choque.
Para a decepção dos manifestantes, o deputado Antônio Carlos saiu sem encaminhar uma data de audiência com o gabinete do governador Cid Gomes. Hoje pela manhã, o presidente da Sinduece, prof. Epitácio Macário, e os dirigentes estudantis Dávilo e Karol estiveram no gabinete do deputado Heitor Férrer para entregar a pauta de reivindicações e oficializar o pedido de audiência pública. Na ocasião, o deputado expôs um requerimento de igual teor impetrado em fevereiro de 2011 sem resposta da mesa diretoria da casa e da comissão de cência e tecnologia do Estado.
E mais:
Na última sexta-feira, 27 de maio, professores discutiram, na assembleia convocada pela Sinduece, a regulamentação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e concurso público para professor efetivo na Universidade.
Sobre a necessidade de concurso para professores efetivos, a pró-reitora de Graduação da UECE, Lineuda Murta, disse que, até 2012, a Universidade terá carência de 300 professores. “Os alunos e coordenadores estão sofrendo com essa situação. Muitas vezes, os professores substitutos assumem outras funções no meio do semestre, como concurso em outras universidades e doutorado, e abandonam a turma”, disse. Ainda segunda ela, dos 252 professores substitutos existentes apenas 92 professores estão substituindo afastamentos temporários contra 160 que ocupam vagas permanentes. Isto quer dizer que do total de contratações, 63% estão fora dos parâmetros estabelecidos na Lei Complementar 14/1999 que regulamenta a matéria.

Fonte: SINDUECE (Sindicatos dos Docentes da UECE)

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